Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído, como de um vento impetuoso, que encheu toda a casa em que estavam sentados. Viram aparecer, então, uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e foram pousar sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Ora, em Jerusalém moravam judeus, homens piedosos, de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo aquele ruído, acorreu muita gente e se maravilhava de que cada um os ouvisse falar em sua própria língua. Profundamente impressionados, manifestavam sua admiração e diziam: Estes que estão falando não são todos galileus? Como, então, todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Partos, medos, elamitas, os que habitam a Mesopotâmia, a Judéia, a Capadócia, o Ponto, a Ásia, a Frígia, a Panfília, o Egito e as províncias da Líbia, próximas de Cirene, peregrinos romanos, judeus ou convertidos ao judaísmo, cretenses e árabes todos os ouvimos falar as grandezas de Deus em nossas próprias línguas. Atônitos e fora de si, diziam uns para os outros: O que quer dizer isso? Outros, zombando, diziam: Eles estão cheios de vinho. Atos 2, 1-13
O oitavo artigo do Credo ensina-nos que existe o Espírito Santo, terceira Pessoa da Santíssima Trindade, e que Ele é Deus eterno, infinito, onipotente, Criador e Senhor de todas as coisas, como o Pai e o Filho.
O Espírito Santo procede do Pai e do Filho como de um só princípio, por via de vontade e de amor.
Diz-se que são eternas todas as três Pessoas divinas, porque o Pai gerou o Filho desde toda a eternidade, e do Pai e do Filho procede o Espírito Santo, também desde toda a eternidade.
Designa-se a terceira Pessoa da Santíssima Trindade particularmente com o nome de Espírito Santo, porque procede do Pai e do Filho por meio de expiração e de amor.
Ao Espírito Santo atribui-se especialmente a santificação das almas.
Sim, todas as três Pessoas divinas nos santificam igualmente.
Atribui-se em particular ao Espírito Santo a santificação das almas porque é obra de amor, e as obras de amor atribuem-se ao Espírito Santo.
O Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos no dia de Pentecostes, isto é, cinqüenta dias depois da Ressurreição de Jesus Cristo, e dez dias depois da sua Ascensão.
Os Apóstolos ficaram reunidos no Cenáculo em companhia da Virgem Maria e os outros discípulos, e perseveravam na oração esperando o Espírito Santo que Jesus lhes havia prometido.
O Espírito Santo confirmou na fé os Apóstolos, encheu-os de luzes, de forças, de caridade e da abundância de todos os seus dons.
O Espírito Santo foi enviado a toda a Igreja e a todas as almas fiéis.
O Espírito Santo, como a alma no corpo, vivifica a Igreja com a sua graça e com os seus dons; estabelece nEla o reino da verdade e do amor; e assiste-Lhe a fim de que oriente os seus filhos com firmeza ao caminho do Céu.