Se teu irmão pecar, vai e censura-o pessoalmente. Se ele te ouvir, terás ganho teu irmão. Se não te ouvir, leva contigo uma ou duas pessoas a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas. Se não as ouvir, vai dizê-lo à igreja. E, se não escutar a igreja, seja para ti como um pagão e pecador público. Eu vos garanto: Tudo que ligardes na terra, será ligado no céu; e tudo que desligardes na terra, será desligado no céu. Digo-vos ainda: Se doisde vósse unirem na terra para pedir qualquer coisa, hão de conseguilo do meu Pai que está nos céusl Porque onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei ali no meio deles. Mt 18, 15-20 Então os apóstolos e presbíteros, de acordo com toda a Igreja, resolveram escolher alguns homens e enviá-los a Antioquia com Paulo e Barnabé; escolheram Judas, chamado Barsabás, eSilas, homens influentes entre os irmãos. Por seu intermédio enviaram a seguinte carta: Os irmãos, os apóstolos e presbíteros saúdam os irmãos de Antioquia, Síria e Cilícia, convertidos dentre os pagãos. Chegou ao nosso conhecimento que alguns dos nossos vos têm perturbado com palavras, confundindo vossas mentes, sem nenhuma autorização de nossa parte. Por isso resolvemos, de comum acordo, enviar-vos alguns homens escolhidos, em companhia de nossos amadosBarnabé ePaulo, que expuseram suas vidas pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Estamos enviando Judas e Silas para vos comunicar de viva voz as mesmas coisas. Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor nenhuma outra exigência além das necessárias: que vos abstenhais das carnes imoladas aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas e da prostituição. Procedereis bem evitando estas coisas. Passai bem. Atos 15, 22-29
Além dos Mandamentos da Lei de Deus, somos obrigados a observar os mandamentos ou preceitos da Igreja.
Sem dúvida, somos obrigados a obedecer à Igreja, porque o próprio Jesus Cristo no-lo ordena, e porque os preceitos da Igreja facilitam a observância dos Mandamentos de Deus.
A obrigação de observar os preceitos da Igreja começa geralmente com o uso da razão.
Transgredir com advertência um preceito da Igreja em matéria grave é pecado grave.
De um preceito da Igreja só pode dispensar o Papa ou quem dele receber as competentes faculdades.
Os preceitos da Igreja são cinco:
O primeiro preceito da Igreja: ouvir Missa inteira nos domingos e festas de guarda, manda-nos assistir com devoção à Santa Missa nos domingos e nas outras festas de preceito.
A Missa à qual a Igreja deseja que, sendo possível, se assista nos domingos e nas outras festas de guarda, é a Missa paroquial.
A Igreja recomenda aos fiéis que assistam à Missa paroquial:
Domingo quer dizer dia do Senhor, isto é, dia especialmente consagrado ao serviço de Deus.
No primeiro mandamento da Igreja faz-se menção especial do domingo, porque é ele o principal dia de festa entre os cristãos, como entre os judeus o principal dia de festa era o sábado, por instituição do próprio Deus.
A Igreja instituiu também as festas de Nosso Senhor, da Santíssima Virgem, dos Anjos e dos Santos.
A Igreja instituiu outras festas de Nosso Senhor memória dos seus divinos mistérios.
As festas da Santíssima Virgem, dos Anjos e dos Santos foram instituídas:
Com as palavras do segundo preceito: confessar-se ao menos uma vez cada ano, a Igreja obriga todos os cristãos que chegaram ao uso da razão, a receber, uma vez ao menos em cada ano, o Sacramento da Penitência.
O tempo mais próprio para cumprir o preceito da confissão anual é a Quaresma, segundo o uso introduzido e aprovado ein toda a Igreja.
A Igreja diz ao menos, para dar a conhecer o seu desejo de que nos aproximemos deste Sacramento com mais freqüência.
É muito útil confessar-nos com freqüência, sobretudo porque é difícil que se confesse bem e se conserve isento de pecado mortal, quem se confessa raras vezes.
Quem fizer uma confissão sacrílega, não satisfaz ao segundo preceito da Igreja, porque a intenção da Igreja é que se receba este Sacramento para nossa santificação.
Com as palavras do terceiro preceito: comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição, a Igreja obriga todos os cristãos que chegarem à idade da discrição a receber todos os anos a Santíssima Eucaristia, durante o tempo pascal; e é bom que seja na própria paróquia.
No Brasil, o tempo útil para satisfazer o preceito da Comunhão Pascal vai do dia 2 de fevereiro, festa da Purificação de Nossa Senhora e da Apresentação do Menino Jesus no Templo, até o dia 16 de julho, comemoração de Nossa Senhora do Carmo.
Sim, somos obrigados também a comungar em perigo de morte.
Porque a Igreja deseja vivamente que não somente na Páscoa, mas com muita freqüência, nos aproximemos da Sagrada Comunhão, que é o alimento divino das nossas almas.
Quem fizer uma Comunhão sacrílega não satisfaz ao terceiro preceito da Igreja; porque a intenção da Igreja é que se receba este Sacramento para o fim para que foi instituído, isto é, para nossa santificação.
O quarto preceito da Igreja: jejuar e abster-se de carne quando manda a Santa Madre Igreja, manda-nos que jejuemos e nos abstenhamos de carne na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa; e que nos abstenhamos de carne em todas as sextas-feiras do ano. Esta abstinência pode ser comutada por outra obra pia, a juízo do Bispo Diocesano.
O jejum consiste em tomar uma só refeição, durante o dia, e em não comer coisas proibidas.
Nos diasde jejum, a Igreja permite uma pequena parva pela manhã, e uma ligeira refeição à noite, ou, então, cerca do meio-dia, quando se deixa para a tarde a refeição maior.
O jejum serve para nos dispor melhor para a oração, para fazer penitência dos pecados cometidos, e para nos preservar de cometer outros novos.
São obrigados a jejuar todos os cristãos, desde os vinte e um anos completos até aos sessenta começados, se não estão dispensados ou escusados por legitimo impedimento. A abstinência começa a obrigar aos catorze anos.
Os que não estão obrigados a jejuar, nem por isso estão dispensados de toda a mortificação, porque todos temos obrigação de fazer penitência.
A Quaresma foi instituída a fim de imitarmos, de algum modo, o rigoroso jejum de quarenta dias que Jesus Cristo observou no deserto, e a fim de nos prepararmos, por meio da penitência, para celebrar santamente a festa da Páscoa.
O jejum do Advento foi instituído para nos dispor a celebrar santamente a festa do Natal.
O jejum das Quatro Têmporas foi instituído para consagrar cada uma das quatro estações do ano com a penitência de alguns dias; para pedir a Deus a conservação dos frutos da terra; para Lhe dar graças pelos frutos já concedidos, e para Lhe pedir que dê à sua Igreja santos ministros, que são ordenados nos sábados das Quatro Têmporas.
O jejum das vigílias foi instituído a fim de nos prepararmos para celebrar santamente as festas principais.
Quando a pessoa não está legitimamente dispensada, deve no dia de jejum e abstinência tornar uma só refeição plena, podendo fazer duas outras pequenas, uma pela manhã e outra à tarde, que evite grave dano, como, por exemplo, uma forte dor de cabeça. Nos dias de abstinência, proíbe o uso da carne e do caldo de carne.
A fim de que façamos penitência todas as semanas, e sobretudo à sexta-feira, em honra da Paixão de Jesus Cristo.
Observa-se o quinto preceito: pagar dízimos segundo o costume, pagando aquelas ofertas ou contribuições, que foram estabelecidas, para reconhecer o supremo domínio que Deus tem sobre todas as coisas, e para sustentar os ministros do altar.